06 março 2011

Adoptados e felizes!

Olá amigos :)

Hoje vimos mostrar fotos dos nossos amigos Puppy e Eddie já em família. Estes nossos amigos parecem mesmo ter ganho a lotaria! Esperamos que tudo continue a correr bem com eles :)

O Eddie, segundo os donos (e tirando umas asneiritas típicas da adolescência), porta-se muito bem em casa. É um mimalho de primeira apanha - desde que esteja a receber mimos não precisa de mais nada! :D Veio na passada 4ª feira à faculdade para as vacinas e portou-se lindamente! Continua o mesmo doce de sempre...Aqui vão as prometidas fotos:

 Na praia (ao colo é que se está bem!)

E aqui já em casa (sempre a controlar as operações)


Do Puppy, deixamos o relato sobre toda a experiência da adopção escrito na 1ª pessoa! Este foi-nos enviado pela dona e tem no fim umas palavras da própria sobre o mesmo assunto ;) Esperamos que gostem! :)

"Puppy:

«A porta do canil abre-se, um novo ano lectivo está a começar na faculdade e se calhar é por isso que não estou a reconhecer estas raparigas novas que têm vindo cá limpar as nossas boxes e levarem-nos a passear. Nota-se tão bem quando são do primeiro ano, vêm todos cheios de sonhos e aspirações para o futuro, pensam que o mundo onde acabaram de entrar é perfeito e que todos têm os mesmos objectivos: ajudarem-nos, a nós e a qualquer irmão que também precise. Mas os anos que já vivi ensinaram-me que nem sempre é assim, as pessoas vão-se desmotivando de nós, vão-se conformando com o facto de sermos estagiários permanentes neste curso em que não escolhemos entrar: a vida.

Mas este ano parece diferente, há algo no ar, não sei. Se calhar é a idade que já me atraiçoa!

Tenho visto irmãos meus partir e pergunto-me sempre se serei o próximo…pergunto-me também se, quando for, estará alguém comigo, sentirá alguém a minha partida?
Porém espero com fervor que os meus instintos estejam correctos! Afinal de contas, foi sempre isso que me valeu… Vá lá, meu velho, mais um dia e ainda aqui estás, um dia a sorte ainda te sorrirá!»

Até que, certo dia…

«Humm, a esta hora não costuma vir aqui ninguém, estranho...Vejo muito rebuliço e vêm direitos à minha box. É a minha amiga de sempre, a Sofia, que cuida de nós há tantos anos, ela há-de ser uma excelente médica! Mas vem outra pessoa com ela, é uma das raparigas novas, ela tem uma trela na mão e está a pôr-me uma coleira nova. Saio da box e ouço palavras como adopção de fins-de-semana, apadrinhamento…não faço ideia no que me estão a meter, mas se a Sofia está com ela é porque estou seguro. Vamos lá Puppy, talvez hoje seja o dia! Era bom demais…»

Chegado a casa…

«Chego a um local, não sei bem como o descrever…é grande, pelo menos quando comparado com a minha box, tem mais duas pessoas lá e uma cadela em que mal reparo por ser tão pequena e escura (algo me diz que ela não gosta muito de mim, mas o truque que as ruas me ensinaram foi não dar confiança).

Que grande confusão que para aqui vai! Toda a gente a pegar-me e a lavar-me, estou velho para isto!

De repente tudo se acalma. Vou direito ao sítio que me parece mais seguro e confortável: uma almofada gigante que estava mesmo ali à frente (acho que lhe chamam cama). Horas depois levam-me à rua (estava mesmo a precisar) e ouço uma troca de palavras entre as gentes daquela… casa, que terminam com um grande sorriso de ambas as partes. Não apanhei muito bem mas pareceu-me tratar-se de mudar o meu regime de adopção aos fins-de-semana para uma adopção efectiva…Para mim tanto me faz, com esta idade não se pode ter muitas exigências!»

Presente data…

«Que posso eu dizer? Lembrando-me do que passei e de como estou agora, sinto-me o cão mais sortudo de todas as boxes do Mundo! Ainda me é difícil largar os hábitos da vida antiga, o meu coração ainda se sente sem-abrigo às vezes e, de vez em quando, tenho pesadelos em que tudo isto não passa da minha imaginação a pregar-me os truques típicos da velhice. Mas depois acordo do pesadelo com alguém a segurar-me a pata, ou abraçado a mim a fazer-me festinhas na testa e… respiro fundo.
Vá lá, meu velho, mais um dia e ainda aqui estás - espero nunca daqui sair!»

Dona:
E pronto, aqui está a minha, talvez destorcida ou ingénua ideia, do que vai na cabeça do meu velhote. Quanto à minha experiência pessoal não preciso de escrever um grande texto sobre isso, porque a ideia é simples e directa: adoptar um cão abandonado ou de canil (infelizmente, às vezes, a diferença não é assim tanta) é mais do que gratificante, é assistir à criação de uma cumplicidade que fica para a vida, seja ela longa ou menos longa. Não interessa se estás velho ou se poderás morrer amanhã, o que interessa é que HOJE fizemos a diferença um ao outro e que o HOJE pode ter compensado toda a tua existência. E sim Puppy, estaremos sempre contigo até ao fim! E não duvides que a tua ausência será por todos nós sentida, um dia, muito longe deste…"


Ana Rita Gomes


E porque uma imagem vale mais do que mil palavras...

deixamos-vos com o dono da cama! 



Mas nem só de descanso vive um cão...
um passeio também faz falta! :P 

Até uma próxima! ;) Até lá umas quantas lambidelas aos nossos seguidores e amigos :P

2 comentários:

  1. Ter uma dona com veia de poeta não é para todos :P e ver dois dos nossos garotos felizes...não há melhor! :D

    obg pelas mensagens alex ;)

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